para quem quer ler e ouvir uma boa prosa sobre aprender e ensinar... e conhecer soluções locais para problemas humanos! uma série de textos e entrevistas...

domingo, 12 de dezembro de 2010

PROPOSTA... ou o que esperar das entrevistas!


A idéia nasce da observação e da vontade de interação. Quase um sentimento de querer ser como, estar ao lado sempre. De um orgulho meio besta de ser a mesma gente, uma única gente que se reconhece como igual...  Cada um, como educador, como pessoa, permanecendo inconfundível, mas inclinando sua pertença a certa identidade coletiva, como queria Darcy Ribeiro.
A intenção, obviamente, atrelada à nossa missão. Se criamos ambientes favoráveis ao desenvolvimento das potencialidades mais diversas, aqui não se vê, lê ou ouve nada diferente. Trazer um amigo para a roda, à vontade com ele, falar sobre as práticas. Sobre como é se importar, como é estar atento ao inusitado, ao gesto que não tem idade. Como é fazer de tudo isso um modo de vida feliz aqui e ali, correndo sempre.  
 O que esperar? Bom... Quem procura por esse contato com o universo sensível, quem olha de perto ansiando saber da sabedoria alheia acha aqui um espelho. Nada desses novos... Só daqueles de se debruçar sobre as águas e enxergar uma imagem refletida assim, meio ondulada mesmo. Aquela situação que desconstrói e reconstrói a auto-imagem. Espere olhar para o outro e fazer ecoar a sua própria história. Espere o acolhimento, sem dúvida, porque quem aqui fala tem a generosidade de escutar o silêncio de quem ouve, mesmo sem saber a quem se dirigem as palavras.
Quem passará por aqui? Perguntinha azeda... Humm... Amarra a boca e faz lacrimejar olhares. Um especialista de idéias nobres, cientista de fantasias, consultado por nós, pariu critérios, todos eles sólidos e consistentes: precisa...
§  Ser gente como qualquer gente... Não vale ser melhor;
§  Gostar de brincadeiras e ter um interesse especial por troca de sorrisos;
§  Viver sob a alegoria do efeito borboleta;
§  Saber que o olhar interessado pelo outro muda tudo... Não há retorno!
Por trás das escolhas sempre um sentimentozinho de andar de mãos dadas, de cumplicidade. De diálogo entre as tecnologias sociais e a experiência social de quem se dispõe a prosear. Um desejo de respeito e intimidade entre saberes. No fundo, um pretexto para descobrir quais as curiosidades das gentes e como elas se organizam numa visão de futuro, de mundo. Ou um afinal assim: como a boa pergunta é levada à sua última conseqüência: a prática.    
As razões para você voltar? Bom... As mesmas que te fazem regar as plantas ou cuidar da meninada. Cultivar a vida faz bem e este é o espaço de cultivo das vidas dedicadas ao outro... Àqueles que estabelecem relações como forma de estar no mundo.  Conhecer e se reconhecer nessas histórias... Eis!
 Aguardem a primeira de muitas CONVERSAS!